PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO

    Primeiramente, gostaria de agradecer a todos pelo apoio que me deram. Vocês conseguiram me fazer repensar no projeto do livro. E depois de quase exatas três horas consegui terminar o primeiro capítulo, escrever sem inspiração é um saco!
      
      E como foi vocês quem me fizeram voltar a escrever o livro resolvi postar o primeiro e último capítulo no blog. Último, pois esse não é o foco do blog. Mas enquanto leio Guerra dos Tronos não posso deixar o blog sem posts, vou fazer algumas matérias e tags para compensar esse tempo sem resenhas, ou até mesmo faço uma resenha de um livro que já li. Acompanhe abaixo o primeiro capítulo do Século XXII. PS.: Como vocês gostaram da ideia do Ipod resolvi prolongar sua "vida" kk.

Capitulo 1
     Correr, correr e correr! O mais rápido que puder. Essa é uma boa dica se você estiver sendo perseguido(a) por carros e helicópteros que querem te matar.
     A música vinda do fone de ouvido quase pregado a minha orelha reproduz uma música quase alta o suficiente para estourar meus tímpanos. As bombas ao meu redor também não ajudam muito. O chão treme cada vez mais. Estou cansada de correr e quase desmaiando de sede, até mesmo o pequeno movimento de pegar a garrafinha com a única água que me resta pode comprometer minha vida. Não tenho um lugar para me esconder e estou quase sendo pega, quer dizer morta!
     E é nessas horas que agradeço a mim mesma por ter colocado essa roupa, a enorme calça e a blusa de pijama não seria a roupa mais apropriada para essa ocasião. Gotas de suor caem do meu rosto e as bombas, você sabe, continuam caindo como se não houvesse amanhã.  Na verdade nem sei quanto tempo a Exterminação vai durar, pode durar um dia, um mês ou até um ano. Pouco se sabe sobre a ela, mas o que todos nós sabemos é que essa será a “salvação do mundo”, se é que ainda resta esperanças!
     A música que meu Ipod está reproduzindo não é a melhor para a situação, droga! Não posso alcança-lo. A extensão da floresta está quase chegando ao fim, depois tenho cinquenta e sete metros de penhasco que dá diretamente ao mar. É, a queda pode ser fatal, mas que escolha tenho. Fazendo isso os policiais podem confirmar que tenho problemas mentais e que resolvi tornar o trabalho deles mais fácil. Mas e meu Ipod?! O tiro do meu bolso no movimento mais rápido que já fiz, depois o jogo perto de uma árvore que me esforço para memorizar. O som do ambiente ao meu redor é caótico!
     Falta pouco, só preciso correr mais um pouco, se eu aguentar, é claro!
     Cinco, quatro, três, dois, um metro. Hora de pular! O ar me atinge a uma velocidade incrível, a queda demora pouco mais de um minuto. Posso morrer quando chegar lá, ou pelo impacto ou pela falta de ar. As ondas deste lado são selvagens, atingem alturas exorbitantes. Mas é ai que eu caio, no segundo seguinte estou tentando me hiperventilar, assim posso aguentar mais tempo debaixo d’água. Não posso voltar a superfície de maneira alguma. Mas quero te contar um segredo, sou uma sereia! Mentira, mas bem que queria, me ajudaria muito agora.
      Mesmo sem ir a superfície as bombas continuam a cair freneticamente no mar, as explosões só fazem as ondas crescerem mais ainda. Tenho pouco ar e pouco tempo para decidir onde vou. Deveria ter pensado nisso antes de ter pulado do penhasco, mas é ai que vejo: Uma grande abertura por entre as rochas, uma caverna quem sabe. Nado o mais rápido que posso até a ela, até que subo por acidente na superfície. Eles encontraram sua mira. Uma bomba é lançada bem nas extensões de minhas pernas, a água se torna vermelha quase instantemente. Ótimo! Minhas pernas já estavam machucadas com a explosão da bomba em minha casa, agora acabaram de ser destruída.
      Quando tento movimentar minhas pernas para chegar rapidamente a abertura uma dor excruciante flui em meu corpo. Por favor, por favor, por favor, pensem que morri com a explosão desta bomba.
      Acho que meu pedido foi atendido, não lançaram mais bombas na água. Só me resta nadar até a abertura, e é isso que faço, lentamente mais faço. Eles nem percebem que a água vermelha está se movendo, devem pensar que estou indo para as profundezas. Otários. A abertura é grande o suficiente para conseguir passar.
      Noto que nado para a superfície dentro da caverna, quando coloco minha cabeça para fora tudo que vejo é escuridão. A areia na caverna é igual à da praia que ia com meus pais, que saudade deles!
     Vou andando sem rumo na escuridão, bato em uma ou duas pedras. Estou andando quase arrastado, a dor em minhas pernas é forte. E felizmente as bombas cessaram, acho que encontrei um lugar seguro! Procuro a pomada curativa que peguei na farmácia, levanto a barra da minha calça o máximo que consigo e passo a pomada.
      Durmo ali mesmo.
      Pena que o sono não dura muito. Não acordo sendo morta, mas sim com enormes aranhas andando sobre meu corpo, estão em todo lugar. Me levanto rapidamente pegando minha mochila e tirando o máximo de aranhas que posso do meu corpo. Vejo uma pequena luz ao longe, durante quase cinco minutos caminho até ela. Achei uma saída! De primeira não sabia onde estava, por mais que tivesse visitados todos os lugares possíveis de minha cidade. Não demora muito para descobrir, estava na praia mais bonita da cidade. A praia em que vinha quase todos os finais de semana com meus pais.
      A entrada da caverna é camuflada pelas enormes pedras distribuídas ao longo do caminho. Barulhos de tiros me fazem esconder atrás de uma delas. Por uma fresta vejo o que está acontecendo. Uma mulher com um bebê estava tentando, sem sucesso, escapar dos guardas. Agora ela foi morta com um tiro na cabeça e o bebê começa a chorar, mas em poucos segundos para. Teve o mesmo destino que sua mãe. Aquilo era desumano! Todas aquelas mortes. Toda essa porcaria! Mas quando você vive em uma sociedade de loucos, é isso que tem de se esperar.
     Tenho que encontrar sobreviventes, se é que resta alguns. Mas se uma menina magrela, de dezessete anos e que não prestava a mínima atenção nas aulas de sobrevivência conseguiu permanecer viva até agora. Imagine quem prestava!
     A primeira coisa antes de encontrar sobreviventes era resgatar meu Ipod, se é que restou vestígios dele.
     O caminho até ele não é dos mais fáceis, é curto, mas com policiais por todos parte com enormes fuzis torna meu trabalho mais difícil. Devo seguir pelo estreito caminho por entra as folhas e subir até no topo do penhasco. Procurar meu Ipod e depois decidir o que vou fazer de minha vida.
     O caminho até a metade é tranquilo, até que avisto dois policiais correndo em minha direção. Acho que não me viram, mas me escondo por entre as densas folhas e fico lá. Escuto os passos fortes vindo de lá de cima. Permaneço lá apoiada por meus tornozelos que doem, na verdade tudo dói!
      Quando estão quase onde estou escuto um barulho por entre as folhas do outro lado, uma pequena menina de cabelos ruivos sai de seu esconderijo. Abro uma espaço por entre as folhas e faço gestos para que ela me veja. Consegui! Tento apontar para os policiais, mas minha tentativa é em vão. Faço um gesto para que ela volte ao seu esconderijo, faço uma, e mais uma vez. Ela não volta! Droga menina, não consegue ver que dois enormes policiais armados com fuzis estão descendo até aqui?!
      Tento fazer com minha boca o movimento da palavra “Saia”, mas quando ela entende e olha para o alto da estrada é tarde. Os policiais a veem. Ela tenta se esconder, mas é tarde. Os policias a agarram e a levam pela estrada abaixo. Ela fixa seus olhos em mim. Droga! O que eu posso fazer? Nada, essa é a resposta. Se fizer alguma coisa estarei morta. A menina faz um pequeno movimento com as mãos, imperceptível aos olhos dos policias. Ela quer que eu vá até onde preciso ir.
     Saio o mais silencioso que consigo, lanço um olhar de desculpas para ela. Ela assente com a cabeça e depois me mostra seu dedo do meio.
      - Tem uma sobrevivente ali! – Grita ela. Droga, droga, droga! Deveria ter acertado uma pedra na cabeça dela quando era possível. Corro o mais rápidos que minhas pernas machucadas conseguem. Um dos guardas solta um dos braços da menina, o que é suficiente para ela soltar o outro e correr. Obrigada! Um dos guardar tenta alcançá-la estrada abaixo. O guarda que olha em minha direção não sabe o que fazer: Ajudar o colega ou me matar? Mas a única coisa que faz é gritar algo no rádio em seu peito e sair correndo estrada abaixo.
      Continuo correndo estrada acima até chegar na escura floresta, agora cheia de buracos e rachaduras causadas pelas bombas. Ando até o penhasco e procuro a árvore em que deixei meu Ipod, ele está no mesmo lugar que deixei e coberto de terra. O pego e coloco os fones em meu ouvido. Como te adoro Ipod! penso. Procuro em minha mente um nome: Adam? Carter? Dallas? Garret? A já sei, James!
      - Bem Ipod, como você é o mais próximo de pessoa que eu tenho agora, vou te chamar de James de agora para frente. Até você ser atingido por uma bomba e quebrar! – Sussurro com um sorriso no rosto ao terminar a frase. Meu próximo passo é voltar para a caverna, ou Quartel General até encontrar um lugar melhor. Tenho que conseguir alguma lanterna e algum saco de dormir. Fico com preguiça só de pensar, mas só tem um problema: Tenho que pensar andando!

3 comentários:

  1. Você escreve bem! ^-^ continua escrrevendo o livro, está muito bom!

    http://thesagasofworld.blogspot.com.br/

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  2. Olá, tudo bem? Indiquei você para receber um selo, confere lá:
    http://www.whoisllara.com/2013/11/selo-liebster-award.html
    Beijos! :D

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  3. Gui, não pare de escrever. É muito legal sua ideia de escrever o livro, e mais legal ainda você compartilhar com a gente. Quem sabe você não publica esse livro e já vira um autor parceiro do blog?

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